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Santiago não terá desfile no dia 20 de setembro

O motivo é a doença do mormo, que atinge os cavalos, mas que também pode passar aos humanos e outros animais.

28 de Agosto de 2015 às 11:52
Tradicional desfile foi cancelado devido ao mormo. Foto: Ieda Beltrão.
Tradicional desfile foi cancelado devido ao mormo. Foto: Ieda Beltrão.

No final da tarde de quinta-feira, 27, na Estação do Conhecimento, entidades tradicionalistas e organizadores em reunião decidiram cancelar de forma geral o tradicional desfile de 20 de Setembro (já havia a decisão de não utilizar cavalos durante o evento devido a doença do mormo).

Com Santiago, somam-se agora são 34 municípios gaúchos que não terão o desfile de 20 de Setembro. O motivo é a doença do mormo, que atinge os cavalos, mas que também pode passar aos humanos e outros animais.

Neste ano, as mensagens radiofônicas foram suspensas na semana do gaúcho pela não participação das entidades. A participação na cavalgada da Chama Crioula também ficou limitada em no máximo cinco participantes mediante apresentação, na hora da inscrição, do exame negativo de mormo nos cavalos.

Dos doze municípios que compõem a 10ª região Tradicionalista, apenas Santiago, Unistalda e Jaguari suspenderam a participação a cavalo no desfile do dia 20 de Setembro, conforme informou o coordenador da 10ª Região Tradicionalista, Eliseu de Jesus. Até então não se manifestaram oficialmente à entidade, as cidades de Itacurubi, Capão do Cipó, Manoel Viana, São Francisco de Assis, Nova Esperança do Sul, Cacequi, São Vicente do Sul, Mata e Toropi, que devem manter o desfile normalmente.

Neste ano, a Chama Crioula, na 10ª Região Tradicionalista será distribuída em solenidade no dia 9 de setembro, às 9h na Capela São Thiago, estrada de acesso para Florida.

Os bailes, jantares típicos e demais programação da Semana Farroupilha estão mantidos.

Saiba mais sobre o mormo


O mormo, é uma zoonose e pode ser transmitida para o ser humano. O animal acometido tem que ser sacrificado, pois não tem cura e nem tratamento. No Brasil ainda não existe pesquisa para desenvolver vacinas de prevenção á doença. O único controle é a exigência pela Supervisão Regional da Agricultura do exame negativo para o mormo.

Em relação aos desfiles, Alonso Andrade disse que todos os eventos são permitidos desde que estejam cadastrados nas Inspetorias e Secretaria de Agricultura eque todos os animais estejam testados e com exame negativo do mormo e da influenza equina, assim como as demais medidas que todos os criadores tem conhecimento. Qualquer informação sobre cancelamento de eventos será informado oficialmente pela Secretaria da Agricultura e comunicado pela 17ª Supervisão Regional.

O mormo, também conhecido como lamparão, é uma doença infecto-contagiosa que acomete equídeos e tem como agente etiológico a bactéria Burkholderiamallei; pode também ser contraída por outros animais como o cão, gato, bode e até o homem. Esta enfermidade é conhecida a vários séculos e no anos de 1968, foi considerada extinta no Brasil.

A infecção por esta bactéria se da através do contato com fluídos corporais dos animais doentes, como: pús, urina, secreção nasal e fezes. Este agente pode penetrar no organismo pela via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (através de alguma lesão), alcançando a circulação sanguínea, indo alojar-se em alguns órgãos, em especial, nos pulmões e fígado. Esta bactéria possui um período de incubação de aproximadamente quatro dias.
 

Fonte: Rádio Santiago.

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